sábado, 17 de março de 2012

A Ferro e Fogo

Antes de um escritor o autor é um leitor. Na época que eu imaginei o livro que estou escrevendo a minha imaginação estava cheia de embriões de personagens, paisagens e países exóticos. Tudo isto instigava a curiosidade de leitor mas na época eu não conhecia nenhum livro que juntasse todas aquelas quimeras. Daí decidi escrever minha própria história. Um ano e meio depois dos primeiros racunmhos da história eu fiquei sabendo de A Ferro e Fogo, do escritor polonês Henryk Sienkiewicz.


Ferro e Fogo: Trilogia Parte I,


A Ferro e Fogo é a primeira parte de uma trilogia publicada no Brasil pela editora Record em seis volumes: A Ferro e Fogo (volumes 1 e 2), Dilúvio (volumes 3 a 5) e O Príncipe Pequeno (só o volume 6). Procurei na Estante Virtual e achei só os dois primeiros volumes da trilogia -que são A Ferro e Fogo, os que me interessava mais. Livros novinhos, comprei os dois pelo preço de um novo na livraria.

A história de A Ferro e Fogo tinha muito de mim daquela época,  planíces selvagens dos cossacos, canatos mongóis ameaçando cidades inteiras de países civilizados, personagens extraórdinários atravessando-se em encontros improváveis e histórias intimas escalando até proporções épicas.

Tem algumas passagens com um quê de mistério e paganismo como a viagem a casa da bruxa Horpyna. Os cossacos contavam uns aos outros histórias de vampiros que apareciam de surpresa na garupa dos cavalos e a prórpia bruxa Horpyna, que come a carne de homens e também é uma fêmea insaciável.

Mas quando terminei de ler o livro me veio uma sensação de decepção. Eu não estou me achando "melhor" que um escritor ganhador de Prêmio Nobel. Minha sensação foi genuinamente de leitor. Eu pensei - Puxa, eu pensei, mas a minha história é tão mais legal ...

Com exeção da bruxa Horpyna. Que inveja por não ter inventado ela.